Segundo o estudo “Top Global Consumer Trends for 2016” realizado pela Euromonitor Internacional, este ano vai ser marcado por diversos tipos de consumidores.
Os consumidores atuais são divididos em vários grupos díspares: os agnósticos, os que não têm tempo para comprar, os transformadores e os consumidores sem género. O consumidor atual mostra-se resistente a compras de alto envolvimento, apresentando interesse em encontrar “pechinchas” de qualidade, tanto ao nível dos bens como dos serviços.
Em 2016, a poupança de tempo será a condição sine qua non para estimular o consumidor.
Um inquérito efetuado pela Agência de Marketing Digital VML Qias, no final do ano de 2015, revela que 70% de indianos ricos, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, concordaram que o luxo tinha que ver com a quantidade de tempo livre de qualidade que tinham disponível.
Desta forma, a poupança de tempo é chave por detrás das preferências do consumidor pelo comércio de proximidade ou online, com sugestões de compra relacionadas com o histórico de cada cliente.
Uma das tendências tem que ver com a preocupação ou ligação dos consumidores mais jovens a causas sociais. Basta que tenhamos como exemplo Mark Zuckerberg, o fundador do facebook, que, numa carta aberta ao seu filho recém-nascido referiu que iria doar a maior parte da sua riqueza para apoio humanitário. De igual modo, as expetativas desses mesmos consumidores face à qualidade ambiental está também a crescer. Conscientes de escândalos ligados ao ambiente, estes consumidores mostram mais aptidão de compra através de marcas com responsabilidades ambientais. Outra das grandes mudanças tem que ver com a questão do género e, a produção de produtos neutros. Segundo o relatório, empresas como a Amazon e a Disney estão a deixar de produzir produtos unicamente dirigidos a homens e/ou a mulheres.
O relatório, de autoria da analista e consultora Daphne Kasriel-Alexander, assinala ainda aspetos como os consumidores da terceira idade, a alimentação saudável, o bem-estar mental, a interação com o digital, a insegurança relativamente à compra e o consumidor solteiro que, durante o ano de 2016 tenderá a usufruir bens e oportunidades de compra luxuosas.
As promoções online têm vindo a crescer ao longo dos anos. Mas, no que diz respeito às compras online nem todas as categorias de produtos e serviços são tratadas uniformemente. Um estudo realizado pela Nielsen revela que os consumidores têm mais tendência para comprar bem duráveis online do que consumíveis. Quando falamos em bens duráveis estamos a referir-nos a livros, dispositivos eletrónicos, bilhetes para concertos, jogos de computador ou produtos relacionados com a moda, que têm vindo a apresentar uma tendência crescente face aos produtos consumíveis. Estes últimos estão relacionados com produtos de beleza, artigos de jardinagem, medicamentos ou produtos para crianças.
O E-commerce é uma tendência crescente nas sociedades globais. Hoje, as taxas de compra online para produtos de consumo ainda são baixas, no entanto estas categorias têm um potencial de crescimento cada vez maior, uma vez que as taxas de adoção deste modo de compra estão também a aumentar. Dada a sua natureza perecível, a frequência de compra de bens de consumo é maior do que para bens duráveis, como os que vimos anteriormente. Dessa forma, as lojas que adotarem este modelo de compra, certamente irão beneficiar de padrões de compra frequentes.[:]