A Inteligência Emocional confere-nos, a todos os níveis, uma vantagem que nenhuma outra competência nos dá: a de conseguirmos alcançar a estabilidade emocional e desenvolver interações eficazes uns com os outros. Isso faz dela uma das habilidades mais desejadas hoje em dia. Para quem ainda tem dúvidas sobre desenvolver a sua Inteligência Emocional há três grandes benefícios a ter em consideração:
Benefício 1: Facilita o sucesso profissional
Numa época em que as competências técnicas estão ao dispor de todos, a diferença de performance reside na capacidade para nos relacionarmos bem com as nossas emoções. Conseguir superar um momento adverso, ou situação negativa, só é possível quando conhecemos as nossas emoções e as conseguimos regular a nosso favor. Ao dominar estes dois pilares da Inteligência Emocional, as nossas emoções passam a estar sempre a nosso favor.
Benefício 2: Promove a colaboração
A empatia é a capacidade de conseguir compreender a forma de pensar e sentir das outras pessoas. Graças a ela conseguimos interpretar os estados emocionais dos outros e influenciá-los de uma forma positiva. É uma competência extremamente útil em momentos de imprevisibilidade pois permite estabelecer vias de colaboração eficazes com agilidade. Num mundo em constante mudança é a chave para a sobrevivência
Benefício 3: Melhora a saúde e o nível de bem-estar
O que sentimos em relação a nós próprios e aos outros diz muito sobre o nosso nível de bem-estar. Quanto melhor for a qualidade dessas relações, maior será a probabilidade de experienciarmos emoções positivas. Com isso conseguimos lidar melhor com o stress, tornamo-nos mais resistentes a doenças e conseguimos viver durante mais tempo. No fundo, ganhamos saúde mental e física.
As exigências do mundo profissional e os desafios da vida pessoal levam a que o medo, a tristeza e a frustração se instalem na vida das pessoas. Não tendo desenvolvido de forma adequada as competências emocionais ao longo da sua educação, muitas sentem-se desprovidas dos conhecimentos e competências práticas para lidar com as emoções de forma eficaz.
Neste contexto, a formação em Inteligência Emocional apresenta-se como a solução ideal. O objetivo passa por compreender as emoções e desenvolver competências práticas para conseguir lidar com elas de uma forma positiva. Isto é particularmente relevante no caso das emoções “negativas” como o medo, a tristeza ou a raiva.
Adquirir conhecimento prático parece, então, ser o motivo que leva muitas pessoas a frequentar formações de Inteligência Emocional. No entanto, uma observação mais atenta revela dois motivos bem mais “práticos”.
A carreira é um deles. De CEO’s a colaboradores todos procuram desenvolver as suas competências emocionais para elevar a performance profissional. A competitividade e seletividade do mundo do trabalho assim o exigem. Seja para liderar com impacto, comunicar com eficácia ou lidar com “colegas difíceis”, trabalhar as emoções passou a ser um requisito essencial
O outro motivo está relacionado com uma das necessidade humanas básicas: a conexão. Construir relações com significado, sejam elas de colaboração, amizade ou amor, depende da eficácia das nossas interações. Para isso há que reconhecer os estados emocionais dos outros, desenvolver uma atitude empática e conseguir gerir conflitos de uma forma positiva. Há que desenvolver a Inteligência Emocional.
A saúde mental, apesar da sua crescente relevância nos últimos anos, continua a ser um tema tabu. Se pensarmos que se tornou o segundo tipo de doença mais prevalente em Portugal, fica difícil compreender o motivo pelo qual continua a ser complicado falar abertamente sobre este tema. Parece que é preferível continuar a parecer estar bem do que fazer algo para ficar de facto bem.
O impacto negativo do desinvestimento nesta área da saúde torna-se evidente nos números. Em pleno século XXI, estima-se que 1 em cada 5 portugueses sofre de uma doença mental. Para lidar com ela, o recurso à medição continua a ser a principal opção. Só em 2020 foram vendidas perto de 20 milhões de embalagens de antidepressivos e ansiolíticos. Já as consultas de psicologia, continuam a ser consideradas um luxo ao alcance de poucos.
Numa época de abundância de recursos tecnológicos, em que a inovação está na linha da frente e que a felicidade se tornou tendência, é importante que a saúde mental comece a ser levada com a seriedade necessária. Só assim estas tendências poderão ser invertidas. Isto, se ainda formos a tempo.
Mesmo neste cenário pouco animador, há que manter a esperança no futuro. Nunca houve tantos profissionais na área da saúde mental como hoje. As iniciativas privadas para a sensibilização deste tema continuam a multiplicar-se. As startups com projetos nesta área continuam a aparecer.
Se há um momento ideal para revolucionar a saúde mental em Portugal é este. Mas para isso todos temos que assumir a responsabilidade de um problema que é de todos. Há que ter a coragem de assumir que “não está tudo bem se não estiver tudo bem”. Só assim poderemos falar abertamente de saúde mental e conseguir cuidar dela tal como merece.
Escrito por:
É especialista em Desenvolvimento pessoal, Psicologia e Coaching. É também membro da Ordem dos Psicólogos, Mestre em Neuropsicologia e Master Coach Internacional.
“Ao longo dos anos ouvi as histórias de muitas pessoas. Muitas delas em final de vida. Foi num desses momentos que descobri a minha missão, o meu propósito: ajudar pessoas a viver sem arrependimentos.
A desfrutar da vida como a experiência única que ela é!
Desde aí tenho-me dedicado a ajudar pessoas a recuperar a estabilidade na vida, a alcançar a realização profissional e a criar relações positivas. Acredito que, sendo a vida a derradeira experiência única, a tens que viver de forma memorável.”
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