Ainda estamos a sair de uma fase em que ser feliz no trabalho não era um objetivo da gestão estratégica das organizações. Podemos mesmo afirmar que, nessa fase que já começámos a abandonar, ser feliz no trabalho não era grande coisa.
Afinal, se alguém não gostava do seu trabalho, simplesmente o realizava e procurava encontrar a felicidade fora do local de trabalho. Mas vivemos em tempos diferentes. A ligação entre felicidade e produtividade não é um tema novo, contudo muitos empregadores ainda subestimam tão importante tema. Muitas vezes, não são os empregadores propriamente ditos, mas os seus representantes: os chefes das equipas!
Existem inúmeras estatísticas acerca das relações entre a felicidade, a produtividade, eficiência e a eficácia. É fácil encontrar estatísticas que demonstram que trabalhadores mais felizes, são trabalhadores mais produtivos e comprometidos, sendo ainda acérrimos defensores das organizações onde trabalham.
Mas a felicidade dos trabalhadores não pode ser reduzida apenas a estatísticas e a números rápidos. A felicidade é tangível relativamente a tudo o que fazemos. E estar feliz não é algo indiferente, pois estar infeliz prejudica seriamente o desempenho. Provoca um descomprometimento, reduzindo a capacidade de pensar de forma crítica ou criativa.
Acresce que existem ligações neurológicas claras entre emoções, pensamentos e ações. De facto quando os trabalhadores vivenciam emoções negativas permanentes, reduzem a sua capacidade de trabalhar com qualidade e de modo criativo, provocando desmotivação e insatisfação que leva à ineficiência e ineficácia. Deixam de processar as informações necessárias para tomar as melhores decisões. A frustração, a raiva e o stresse negativo fazem com que uma parte importante dos trabalhadores se encerre e deixam de se importar. Baixando os braços!
É, pois, essencial que as empresas incluam na agenda dos líderes o desenvolvimento de uma cultura de felicidade. Esta cultura apostará no bem-estar e na autorrealização dos trabalhadores como forma de se afirmarem no mercado diferenciadamente, melhorando a imagem pela diferenciação dos produtos, dos serviços e das equipas de trabalho.
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